sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Estudante de 21 anos é o primeiro com Síndrome de Down a passar no vestibular da Universidade Federal de Goiás.


Lourdes Souza
Do UOL, em Goiânia
·        Kalil sempre frequentou escola com turmas regulares e se interessou desde cedo por mapas
Kalil sempre frequentou escola com turmas regulares e se interessou desde cedo por mapas
Kallil Assis Tavares, 21, é o primeiro estudante com Síndrome de Down a ingressar na UFG (Universidade Federal de Goiás). Ele foi aprovado para o curso de geografia, no campus de Jataí, cidade a 325 quilômetros de Goiânia. O curso tinha concorrência de 1,2 candidatos por vagas.
A escolha do curso e a decisão de prestar o vestibular partiram de Tavares, que foi aprovado em seu primeiro processo seletivo. A mãe do estudante, Eunice Tavares, conta que o filho não teve avaliação diferenciada e concorreu "de igual para igual" com os demais candidatos.
Por ter uma baixa visão, ele teve uma prova com letras maiores e uma pessoa que leu as questões.  Ela conta que, desde a adolescência, o filho despertou um interesse maior pelos mapas.
O jovem iniciará a vida acadêmica na segunda-feira, 27. Em entrevista ao UOL, Eunice diz que a família está tranquila em relação à nova etapa da vida de Tavares. Segundo ela, não há nada "especial" planejado para os primeiros dias de aula.
Eunice conta que a vida escolar do filho, que frequentava uma escola de ensino regular, foi tranquila: "Ele sempre se preocupou com seus deveres. É algo novo, mas vamos esperar os acontecimentos. E quando forem aparecendo as questões, as soluções virão aos poucos". 

UFPA prorroga recadastramento de alunos.


Foi prorrogado até o dia 30 de março o prazo para o recadastramento dos discentes da Universidade Federal do Pará (UFPA). Até a tarde desta quinta-feira, 23, já havia 33.668 alunos recadastrados e 24.298 homologações de dados no sistema online da UFPA. O novo prazo se dá em virtude da solicitação de algumas unidades acadêmicas que apresentaram problemas de acesso à internet na última semana da campanha de recadastramento.
O recadastramento começou em dezembro do ano passado e tem como objetivo atualizar os dados pessoais dos estudantes da UFPA, além de traçar um perfil preciso da comunidade acadêmica. Os alunos que não realizarem o recadastramento estarão impedidos de realizar o processo de matrícula no período subsequente do ano letivo. Para efetuar o recadastramento, basta acessar o sistema eletrônico disponível aqui.
Alunos da graduação, da pós-graduação, do Plano Nacional de Formação Docente (Parfor), de turmas do período extensivo e do intensivo devem preencher o formulário, com exceção dos calouros. Estes, já fizeram o seu cadastramento online no ato da entrega dos documentos na habilitação ao vínculo institucional.
O dia 30 de março será o prazo final e improrrogável para o cumprimento desta etapa institucional. “Se o aluno não estiver com o seu cadastro em dia, ficará difícil concorrer em alguns editais para conseguir fomento a atividades de pesquisa, ajuda de custo para realização de viagens etc. É muito difícil para a Instituição oferecer auxílio aos discentes quando há uma deficiência de informações básicas”, destaca o pró-reitor de Planejamento da UFPA, Erick Pedreira.
Homologação - Após o preenchimento de todos os dados, o discente recebe um comprovante de preenchimento e uma listagem de documentos que tiveram dados alterados, os quais precisará entregar com cópia na secretaria de sua Faculdade. A homologação apenas poderá ser feita caso os coordenadores de curso estejam com essa documentação em mãos. O diretor acessará o sistema, com a mesma senha que utiliza para ingressar no Portal do Professor, e verá uma lista de alunos, por curso, os quais já efetuaram o recadastramento.
Em caso de dúvidas ou dificuldades para a utilização do sistema online, o contato deve ser feito pelo e-mail: divisaoweb@ufpa.br. (Ascom UFPA)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Senadores discutem em reunião sobre desocupação em Pinheirinho


Rosa Costa, da Agência Estado
BRASÍLIA - Audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH) com moradores retirados da comunidade de Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), e representantes do Ministério das Cidades e da Secretaria-Geral da Presidência da República, acabou provocando bate-boca entre senadores.
Suplicy discute com senador tucano sobre desocupação - Geraldo Magela/Ag. Senado
Geraldo Magela/Ag. Senado
Suplicy discute com senador tucano sobre desocupação
Os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) e Eduardo Suplicy (PT), ambos de São Paulo, se desentenderam no início da audiência. Aloysio Nunes acusou os senadores petistas Suplicy e Paulo Paim (RS), presidente da comissão, que estava ausente, de politizarem o episódio para favorecer o partido nas eleições municipais. Como argumento, lembrou que nada foi feito com relação às desocupações ocorridas no Distrito Federal e na Bahia, cujos governadores são do PT.
"É um procedimento unilateral que visa a instrumentalizar a comissão por partidos políticos, no caso o PT, e outros grupos como o PSTU que o usa para terceirizar seu radicalismo". Aloysio Nunes chamou os líderes comunitários do movimento de "parasitas", atribuindo a eles a radicalização, "o circo", dias antes da reintegração da posse da área. "Tinha gente querendo brincar de insurreição, pseudorrevolucionários prontos para radicalizar". O senador informou que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não mandou representantes para a comissão para desarmar a iniciativa de explorar politicamente o episódio.
O senador Eduardo Suplicy protestou e, aos gritos, pediu que Aloysio Nunes tivesse a "dignidade de ver as cenas de barbaridades que aconteceram no local". "Pode gritar a vontade, (senador Suplicy), que não me impressiona", reagiu o tucano. Aloysio lembrou que Suplicy relatou casos de violência no plenário uma semana depois da ação, depois de tomar conhecimento do que aconteceu por assessores de seu gabinete.
 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Senado discute violência na reintegração de posse em Pinheirinho

Em audiência pública com 20 convidados, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) discutirá, nesta quinta-feira (23), as denúncias de violência excessiva na ação de reintegração de posse ocorrida na comunidade de Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), no mês passado. O terreno onde se localizava Pinheirinho era ocupado desde 2004 por pelo menos seis mil pessoas. Representantes dos moradores estimam o número em nove mil.
A desocupação de Pinheirinho foi tema de debate no Plenário do Senado no último dia 3. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) pediu às autoridades do estado de São Paulo e do governo federal proteção às vítimas da violência. De acordo com ele, alguns policiais, no momento das agressões, fizeram ameaças de morte caso as vítimas viessem a denunciar os fatos.
O senador leu trechos de relatório produzido pelo Conselho Estadual de Defesa da Pessoa Humana, com depoimentos das vítimas relatando violências físicas e abusos sexuais cometidos pelos policiais militares destacados para cumprir a determinação de reintegração de posse emitida pela Justiça estadual.
Eduardo Suplicy informou que a reintegração de posse estava sendo negociada entre o juiz da 18ª Vara de Justiça de São Paulo, Luiz Beethoven Giffoni Ferreira, os moradores da área e o síndico da massa falida da empresa proprietária do terreno, Jorge Uwada. A Justiça Estadual, no entanto, determinou a reintegração de posse pela força, antes do término das negociações.

Uma juíza federal chegou a mandar suspender a retirada dos moradores, mas a liminar foi cassada por outro juiz federal, que entendeu que o assunto era da competência da Justiça Estadual. 

Entre os convidados para a audiência na CDH estão o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury; o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Ivan Sartori; o juiz Luiz Beethoven Ferreira; membros da Defensoria Pública e do Ministério Público; e representantes dos moradores.

De Brasília
Com Agência Senado



sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Jogador do Águia Alexandre Carioca que agrediu covardemente Aldivan lateral do Remo pega 18 jogos de suspensão no Parazão

Alexandre Carioca pega 18 jogos de suspensão (Foto: Mário Quadros)



Todos os envolvidos na bagunça e violência que se tornou a partida do dia 15 deste mês entre Clube do Remo e Águia de Marabá, realizada no estádio Zinho Oliveira, pela semifinal do Campeonato Paraense 2012, foram punidos em sessão do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da Federação Paraense de Futebol (FPF) na tarde de hoje (17).
A maior pela foi aplicada ao volante Alexandre Carioca, do Águia. O jogador foi suspenso por 18 partidas e está fora do Parazão desta temporada. Durante a confusão em Marabá, Carioca bateu com uma barra de ferro nas costas do lateral-direito do Remo Aldivan.
Quem também foi punido de forma severa pelos membros do TJD foi o preparador físico Roberto Ramalho, suspenso por 10 jogos, mesma pena do goleiro Miro, também do time marabaense.
O Remo também foi punido. O meio-campo Magnum, que também esteve envolvido na pancadaria, levou gancho de 12 jogos. O preparador físico azulino Carlos Rocca teve como pena quatro jogos de suspensão.
Vale lembrar que o Águia ainda terá que pagar uma multa de R$ 5 mil. (Gustavo Pêna, DOL)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Lula é desaconselhado a participar do desfile da Gaviões da Fiel


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem se recuperado dos efeitos colaterais da radioterapia e deve receber alta médica nesta sexta-feira, após a última sessão de radioterapia no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, para tratamento contra um câncer de laringe. A informação é de membros da equipe médica que, no entanto, desaconselharam Lula a participar, na madrugada do domingo, 19, do desfile da Gaviões da Fiel, cujo enredo deste ano homenageia o ex-presidente.
Ex-presidente tem insistido com os médicos em sua vontade de participar do desfile da Gaviões - Filipe Araujo/AE - 09/02/2012
Filipe Araujo/AE - 09/02/2012
Ex-presidente tem insistido com os médicos em sua vontade de participar do desfile da Gaviões
Nos últimos dias, segundo auxiliares próximos, o petista tem insistido com os médicos em sua vontade de participar do desfile da escola de samba, mas a recomendação médica é de que ele se resguarde após ter apresentado quadro inflamatório na garganta e no esôfago, efeito colateral típico do tratamento radioterápico.
A ex-primeira-dama Marisa Letícia tem pedido a familiares e amigos do ex-presidente que evitem visitá-lo neste período de internação, para evitar o desgaste de sua voz. O petista realizou, nesta amanhã, a penúltima sessão de radioterapia no tratamento contra o câncer. O ex-presidente recebeu ainda hidratação endovenosa e teve consulta com uma fonoaudióloga, procedimento para amenizar os efeitos colaterais da radioterapia.

Supremo decide que é constitucional Lei da Ficha Limpa



Quase dois anos depois de entrar em vigor, a Lei da Ficha Limpa foi declarada constitucional nesta quinta-feira (16) pela maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Por sete votos a quatro, o plenário determinou que o texto integral da norma deve valer a partir das eleições de outubro.
Com a decisão do STF, ficam proibidos de se eleger por oito anos os políticos condenados pela Justiça em decisões colegiadas, cassados pela Justiça Eleitoral ou que renunciaram a cargo eletivo para evitar processo de cassação.
O Supremo definiu ainda que a ficha limpa se aplica a fatos que ocorreram antes de a lei entrar em vigor e não viola princípios da Constituição, como o que considera qualquer pessoa inocente até que seja condenada de forma definitiva.
OS PRINCIPAIS PONTOS DO JULGAMENTO DA FICHA LIMPA
Presunção de inocência
O principal questionamento sobre a ficha limpa era de que a lei seria inconstitucional ao tornar inelegíveis políticos que ainda poderiam recorrer da decisão. O STF decidiu que a lei não viola o princípio que considera qualquer pessoa inocente até que ela seja condenada de forma definitiva. Essa decisão permite a aplicação da lei a pessoas condenadas por órgão colegiado
(tribunais com mais de um juiz), mas que ainda podem recorrer da condenação.
Fatos passados
A Lei da Ficha Limpa foi contestada por alcançar fatos que ocorreram antes da sua vigência, inclusive ao determinar o aumento de três para oito anos o prazo que o político condenado ficará inelegível. A maioria do STF decidiu que a lei se aplica a renúncias, condenações e outros fatos que tenham acontecido antes de a ficha limpa entrar em vigor, em junho de 2010.
Renúncia
A proibição da candidatura nos casos de renúncia a cargo eletivo para escapar da cassação foi mantida pelos ministros do STF. A maioria do tribunal defendeu que a renúncia é um ato para "fugir" do julgamento e que deve ser punida com a perda do direito de se eleger.
Prazo de inelegibilidade
A Lei da Ficha Limpa determina que os políticos condenados por órgão colegiado fiquem inelegíveis por oito anos. Este período é contado após o cumprimento da pena imposta pela Justiça. Por exemplo, se um político é condenado a dez anos de prisão, ficará inelegível por oito anos, a contar da saída da prisão. Na prática, ele não poderá se candidatar por oito anos.
Rejeição de contas
A lei torna inelegíveis políticos que tiveram contas relativas a cargos públicos rejeitadas, como, por exemplo, um prefeito que tenha tido as contas do mandato reprovadas por um tribunal de contas.
Órgãos profissionais
O Supremo manteve o dispositivo da Lei da Ficha Limpa que torna inelegíveis pessoas condenadas por órgãos profissionais devido a infrações éticas, como nos casos de médicos e advogados que eventualmente tenham sido proibidos de exercer a profissão pelos conselhos de classe.
Fonte: STF
A decisão foi tomada com base no artigo da Constituição que autoriza a criação de regras, considerando o passado dos políticos, para proteger a "probidade administrativa" e a "moralidade para exercício de mandato".
Proposta por iniciativa popular e aprovada por unanimidade no Congresso, a ficha limpa gerou incertezas sobre o resultado das eleições de 2010 e foi contestada com dezenas de ações na Justiça. Depois de um ano da disputa eleitoral, a incerteza provocada pela lei ainda gerava mudanças nos cargos. Em março de 2010, o próprio Supremo chegou derrubar a validade da norma para as eleições daquele ano.
O julgamento começou em novembro de 2011 e foi interrompido por três vezes. Nesta quinta (16), a sessão durou mais de cinco horas para a conclusão da análise de três ações apresentadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pelo PPS e pela Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL).
As entidades buscavam esclarecer a constitucionalidade das regras contidas na lei e a análise foi marcada, voto a voto, por intervenções dos ministros que atacavam e defendiam questões controversas.
Votos a favor 
O relator, ministro Luiz Fux, foi o primeiro de defender a tarefa da ficha limpa de selecionar os candidatos a cargos públicos com base na "vida pregressa". Para ele, se a condenação for revertida, o político voltará a poder se eleger.
"A opção do legislador foi verificar que um cidadão condenado mais de uma vez por órgão judicial não tem aptidão para gerir a coisa pública e não tem merecimento para transitar na vida pública", afirmou Fux.
O direito do cidadão de poder escolher representantes entre pessoas com ficha limpa também foi defendido pelo ministro Joaquim Barbosa. Também votaram a favor da aplicação integral do texto da lei os ministros Ricardo Lewandowski, Ayres Britto, Marco Aurélio, Rosa Weber e Cármen Lúcia.
"É chegada a hora de a sociedade ter o direito de escolher e o orgulhar-se de poder votar em candidatos probos sobre os quais não recaia qualquer condenação criminal e não pairem dúvidas sobre malversação de recursos públicos", disse Barbosa.
"Não vejo aqui inconstitucionalidade, mas a reafirmação de princípios constitucionais", disse Cármen Lúcia ao falar sobre a importância da moralidade na vida pública.
A proibição da candidatura nos casos de renúncia de cargo eletivo para escapar de cassação também foi mantida pelo Supremo. Para o ministro Marco Aurélio, a Lei da Ficha Limpa possui "preceitos harmônicos com a Constituição Federal que buscam a correção de rumos desta sofrida pátria."
Apesar de defender a aplicação da ficha limpa, Marco Aurélio fez uma ressalva ao afirmar que a regra só deve valer para condenações ocorridas depois da vigência da lei, iniciada em junho de 2010.
"A lei é valida e apanha atos e fatos que tenham ocorrido após junho de 2010 não atos e fatos pretéritos. Quando eu disse 'vamos consertar o Brasil' foi de forma prospectiva e não retroativa, sob pena de não termos mais segurança jurídica", afirmou Marco Aurélio.
Votos contra
Primeiro a votar contra a aplicação integral da Lei da Ficha Limpa, ainda nesta quarta (15), o ministro Dias Toffoli criticou a elaboração das regras. A tese de Toffoli foi acompanhada pelos ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello e Cezar Peluso.

A
ficha limpa foi criticada pelos ministros do STF por valer para fatos anteriores à sua vigência e por tornar inelegível uma pessoa condenada que ainda pode recorrer da decisão. Para os quatro ministros que votaram contra a aplicação da lei, a ficha limpa deveria valer apenas para quem for condenado depois que a norma começou a vigorar, ou seja, depois de junho de 2010."A lei complementar número 135 é reveladora de profunda ausência de compromisso com a boa técnica legislativa. É uma das leis recentemente editadas de pior redação legislativa dos últimos tempos. Leis mal redigidas às vezes corrompem o propósito dos legisladores e o próprio direito", afirmou.
"A população bate palmas, por exemplo, para esquadrões da morte, mas isso é contra qualquer padrão civilizatório e uma corte como esta não pode permitir que se avance sobre esses valores", disse Mendes.
Os ministros Luiz Fux (a partir da esq.), Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Celso de Mello, durante julgamento que validou Lei da Ficha Limpa nesta quinta-feira no STF (Foto: Gervásio Baptista/SCO/STF)Ministros do Supremo durante julgamento que
validou Lei da Ficha Limpa nesta quinta-feira
no STF (Foto: Gervásio Baptista/SCO/STF)
"O Congresso não tem o poder de escolher fatos consumados no passado para, a partir dessa identificação, elegê-los como critérios para restrição de direitos fundamentais", afirmou o ministro Celso de Mello.
O último a votar, o presidente do STF, ministro Cezar Peluso, classificou a Lei da Ficha Limpa como um instrumento de "retroatividade maligna que contraria a vocação normativa do Direito".
Para ele, a lei não pode valer para casos anteriores à sua vigência e não pode tornar inelegíveis pessoas que ainda podem recorrer da condenação. Peluso afirmou que, dessa forma, a lei parece ter sido feita para pessoas específicas e não para a coletividade.
"A lei foi feita para reger comportamento futuros. Então, deixa de ser lei e, a meu ver, passa ser um confisco de cidadania. O estado retira do cidadão uma parte da sua esfera jurídica de cidadania, abstraindo a sua vontade. Não interessa o que você pode ou não evitar", disse Peluso.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Comissão aprova passagem aérea grátis para jovens de baixa renda

Aprovado hoje na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), o projeto de lei que institui o Estatuto da Juventude prevê que jovens de 15 a 29 de baixa renda terão duas passagens gratuitas em todos os aviões, ônibus e barcos interestaduais que transitarem no País, além de duas passagens com desconto de 50%, se o benefício integral já tiver sido utilizado. Os jovens de 15 a 29 anos terão, ainda meia-entrada nos eventos culturais e esportivos financiados com dinheiro público e 40% de desconto nos eventos patrocinados pela iniciativa privada.
A medida se estende aos jogos da Copa do Mundo em 2014 e a Olimpíada de 2016, ampliando ainda mais a polêmica com os organizadores dos eventos.
Os privilégios previstos para essa faixa etária se estendem igualmente à criação de linhas de crédito específica, destinada à agricultura orgânica e agroecológica e à "efetiva inclusão dos jovens nos espaços públicos de decisão com direito a voz e voto".
O projeto tem ainda de ser examinados nas comissões de Educação (CE), Direitos Humanos (DH) e de Assuntos Sociais (CAS), antes de ser reexaminado pela Câmara dos Deputados. Senador Demóstenes (DEM – GO) tentou reduzir a idade dos jovens para 21 anos, mas o relator alegou que o teto da juventude, aos 29 anos, decorre de um tratado da Organização das Nações Unidas (ONU).
O relator da matéria, Randolfe Rodrigues (PSOL-PA), ao ser questionado sobre a indefinição quanto ao direito de estudantes à meia-entrada durante a Copa do Mundo de 2014, um dos impasses para aprovação na Câmara da Lei Geral da Copa, foi enfático: "O estudante tem direito a meia-entrada em todos os eventos esportivos como foi aprovado aqui na CCJ. Não me interessa o que pensa a FIFA. O Brasil é soberano e aqui é a casa legislativa de um país soberano".

 - Carteira estudantil
Sob o argumento de evitar fraudes na confecção de carteiras estudantis, Randolfe determinou, em seu relatório, que a identificação estudantil seria expedida exclusivamente pela Associação Nacional de Pós-Graduandos, pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e pela União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), bem como por entidades estudantis estaduais e municipais a essas entidades filiadas. Estabeleceu ainda que o documento terá selo de segurança personalizado, com padrão único definido pelas entidades estudantis nacionais.



terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Ex-BBB Daniel passeia por shopping no Rio



O ex-confinado estava "sumido" das vistas do grande público desde que foi expulso do reality show
Foto: Leotty Junior / AgNews



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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Lei Geral da Copa de 2014 deve ser votada nesta terça-feira


BRASÍLIA - A última versão do relatório da Lei Geral da Copa permite que idosos comprem ingressos para o Mundial de 2014 a cerca de US$ 12,50, metade do valor dos bilhetes populares que serão vendidos pela Fifa. O relator, Vicente Cândido (PT-SP), manteve no texto o direito de quem tem mais de 60 anos a meia-entrada e também os manteve na chamada "cota social". A proposta pode ser votada nesta terça-feira na comissão especial da Câmara que debate o tema.
Romário tem sido um dos maiores contestadores da Lei Geral da Copa - Dida Sampaio/AE - 08/11/2011
Dida Sampaio/AE - 08/11/2011
Romário tem sido um dos maiores contestadores da Lei Geral da Copa
O duplo direito aos idosos foi a fórmula encontrada pelo relator para atender ao desejo da presidente Dilma Rousseff de preservar a lei federal que garante a meia-entrada para quem tem mais de 60 anos sem penalizá-los com um ingresso mais caro. Serão vendidos quatro tipos de bilhetes no Mundial, sendo a categoria 4 com preço de cerca de US$ 25,00, segundo a Fifa. Com o novo texto de Vicente Cândido, os idosos poderão pagar metade em todas as categorias.
A expectativa dos integrantes da comissão é que o maior debate seja sobre a permissão de venda de bebidas alcoólicas durante os eventos da Fifa. A versão do relatório apresentada nesta segunda-feira permite o comércio em copos de plástico, mas apenas no Mundial de 2014 e na Copa das Confederações de 2013. A proposta é mais tímida do que a ideia inicial do relator de estender a liberação também para jogos de campeonatos nacionais, mas alguns deputados são contra a venda mesmo na Copa.
Depois de reuniões com o Executivo, o relator decidiu manter o texto do Planalto sobre a responsabilidade civil da União em relação à Copa. A Fifa tentava incluir no projeto a obrigatoriedade de ressarcimento em casos de desastres naturais e atos de terrorismo. A versão que vai a voto, porém, determina que o País será responsável por prejuízos causados por ação ou omissão.
Parlamentares que participam do debate, porém, dizem que o governo e a Fifa debatem uma outra forma de aumentar as garantias da entidade. Uma possibilidade é a realização de um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) isentando a Fifa de responsabilidade em caso de tragédias durante os eventos.
O relatório mantém a previsão de férias escolares durante a Copa e do uso de aeroportos militares para atender a um possível excesso de demanda. Vicente Cândido manteve ainda a proposta de concessão de uma premiação para os jogadores titulares e reservas das seleções brasileiras que foram campeãs mundiais em 1958, 1962 e 1970. Cada um deles terá direito a receber R$ 100 mil, mais pensão mensal de até R$ 3,9 mil. Em caso de o ex-jogador já ter falecido, os dependentes poderão receber em seu lugar.